
A Shein, plataforma digital de moda globalmente conhecida, voltou a dar as caras fisicamente:
inaugurou um pop-up temporário na Oxford Street, em Londres, entre os dias 26 e 28 de setembro.
Mas não é mais uma loja “tradicional”. Trata-se de um espaço de experiência, criado para aproximar o cliente do universo da marca, ativar sensações e transformar interação em comunidade, tudo isso alinhado ao que vimos emergir no Retail’s Big Show Europe (NRF Paris 2025).
Esse movimento confirma algo que já vínhamos discutindo:
o varejo físico não só continua relevante, como está sendo reinventado. E está MUITO mais interessante.

Então vamos lá, o que o pop-up da Shein nos ensina sobre o novo varejo
1. Experiência é o novo ponto de venda
Shein não veio para competir com o e-commerce por preço ou estoque.
Ela veio mostrar valor: provar que você pode ver, tocar, vestir e compartilhar a experiência.
O pop-up funciona como palanque da marca, não como estoque.
Quem quiser comprar algum produto específico, geralmente será direcionado para o online ou retiradas (click & collect).
Vou dar um exemplo, eu mesma sou bem chata com roupas, olho mil vezes a composição do tecido antes de comprar e normalmente só compro quando experimento, toco na peça e vejo que ela é boa. Por foto eu não gosto de nada!!
Ou seja, talvez assim, eu fosse atraída pela Shein, coisa que hoje em dia não me interessa.
A loja faz parecer que você literalmente entrou no aplicativo, super tecnológica, com cores, luzes e muitas telas. 100% imersivo, só que com conexão e toques reais.
@tertiary_kay SHEIN pop up store in London | Oxford Street @SHEIN @SHEIN UK #SHEIN
♬ In Fact (feat. Gabzy) – melvitto & Gabzy
2. Escassez + urgência geram impacto
Ter um espaço físico apenas por alguns dias torna a experiência limitada, exclusiva, gerando FOMO (fear of missing out, ou, em bom português, medo de ficar de fora).
Quem ver vai querer visitar. Quem visitar vai querer contar.
Essa tática cria buzz, engajamento, compartilhamentos, elementos que reforçam a estratégia digital. Ou seja, além de vendas presenciais, essa loja vai aumentar E MUITO o burburinho online e consequentemente… o lucro!
Olha só o tamanho da movimentação, com filas e mais filas de clientes PEDINDO pra se conectar e se impactar pela marca!
3. Coerência entre canais
A Shein traz sua identidade digital ao espaço físico: visual, comunicação, storytelling, tudo conversa.
O visitante reconhece imediatamente que está dentro do universo Shein.
Isso reforça a ideia de omnichannel/unified commerce, tão levantada no NRF Paris.
Ela inclusive setorizou a loja em araras nomeadas como “party clothes”, “casual chic” etc, ou seja, as mesmas coleções que ela já mostra no aplicativo. Gerando reconhecimento!
Eu mesma, que não costumo comprar lá mas tenho o app e sempre estou de olho pensei “hm… Sempre me interessei nessa coleção, bem que eu queria poder ver ela ao vivo pra ter certeza”.


4. Loja como palco de marca
O pop-up não é apenas para vender. É para emocionar. Fotografias, interações, marcações de social media: tudo orquestrado para gerar conteúdo e amplificar discurso.
5. Baixo comprometimento, alta visibilidade
Para lojistas menores, não é necessário alugar um imóvel fixo por anos. Pode-se investir em pop-ups estratégicos, quiosques ou ativação de curta duração.
Esse “teste físico” reduz risco e permite aprender sobre comportamento e demanda local.
Lembrando o que eu sempre digo pra vocês, toda a loja é palco! Esqueçam aquele cantinho instagramável de 2022 !

Como os insights do NRF Paris 2025 justificam esse fenômeno
| Insight do NRF Paris | Aplicação no pop-up da Shein | Oportunidade para lojistas brasileiros |
|---|---|---|
| Experiência centrada & sensorial | O pop-up mergulha o cliente no universo da marca | Criar corners sensoriais (aromas, texturas, som) mesmo em lojas pequenas |
| Unified Commerce / Omnichannel | Integração entre físico e digital, o visitante interage e compra online depois | Permitir retirada na loja, QR de produtos, catálogo digital dentro da loja |
| Formato reinventado de loja | Espaço efêmero, experiencial e com propósito | Fazer pop-ups temporários, estações de experimentação em feiras e eventos |
| Tecnologia aplicada | Displays interativos ou realidade aumentada para interação | QR codes, telonas interativas, módulos digitais simples |
| Sustentabilidade e propósito | A marca forte cria identidade e autoridade, não baseia sua força apenas em preço | Usar materiais sustentáveis visíveis, mostrar origem dos materiais, mensagem alinhada |
Com base nessas tendências, vemos como uma marca digital global aplica com elegância e estratégia o novo varejo e isso dá pistas valiosas para quem quer começar (ou reinventar) no Brasil.
E pasmem, no mesmo período mais ou menos ela fez o mesmo movimento em Porto Alegre, sim, no brasil.

Repare como ela lembra de forma bem mais simples o que foi feito em Londres! A gente faz uma adaptação de investimento, ponto de venda e público, mas a essência está lá. E pasmem, os ingressos para a loja foram VENDIDOS!
É possível para todos nós nos adaptarmos ao novo comércio físico, basta só as estratégias certas. E se até as gigantes estão fazendo esse movimento o que você está esperando pra pegar a sua fatia do bolo?
Como aplicar essa visão no Brasil com orçamento realista
Estratégia pop-up inteligente
- Escolha locais de alto tráfego e curta duração
- Alugue espaços flexíveis, moduláveis
- Invista em ambientação marcante (não necessita de acabamento luxuoso)
Integração simples digital-físico
- Use QR codes para catálogo
- Disponibilize click & collect
- Ofereça check-in em loja via app
Experiências sensoriais acessíveis
- Aromas sutis com difusores
- Móveis reutilizados e vegetação
- Texturas interessantes nos displays
Cenografia fotografável
- Pontos nas lojas projetados para fotos
- Logo visível, iluminação pensada para social media
Tecnologia light
- Tablets para consulta digital de catálogo
- Telas pequenas em nichos interativos
Conclusão
A Shein mostra que marcas digitais podem (e devem) ir ao físico, mas de forma repensada, estratégica e emocionante. Esse é o novo varejo: dinâmico, interativo, híbrido.
Você não precisa competir com megastores globais.
Você pode criar experiências memoráveis mesmo com orçamento restrito.
E é justamente nisso que a Luarq atua: transformar seu ponto físico em palco de marca, espaço de conexão e geração de valor, de dentro para fora.
Se você quer levar sua marca digital para o mundo físico com segurança, estratégia e personalidade, vamos conversar. Sua próxima loja pode ser muito mais do que um ponto de venda: pode ser uma declaração de autoridade.












